Queremos uma Universidade Pública e um Polo Tecnológico aqui na região de Cidade Dutra, Grajaú e Parelheiros, do lado de cá da ponte, para mudar a vida da população do extremo sul da Zona Sul.
Do lado de cá da Ponte do Socorro até Parelheiros somos quase 1 milhão (954 mil habitantes e 617 mil eleitores!) e não temos a presença do Estado oferecendo os serviços de ensino superior, cultura e extensão por meio de uma instituição pública de ensino e pesquisa.
Mesmo representando quase 8,5% da população da cidade, a região não conta com nenhum museu, nenhum teatro, nenhuma biblioteca pública aberta ao grande público nos finais de semana, nenhuma sala de concerto e espetáculo (Fora dos CEUS) – Lembrando que o SESC não traz o melhor de sua programação para a Unidade de Interlagos… e que CEUS e SESC não dão conta de uma demanda tão carente de espaços públicos que ofereçam permanentemente programação cultural e de educação para todas as idades e classes sociais nessa região. Com a presença da Universidade / Polo Tecnológico a região ganha com serviços de altíssima qualidade oferecidos direta e indiretamente à comunidade, que podem atender a demanda de saúde, assistência social, educação e cuidado ambiental, além de estimular a economia local aquecendo o comércio com a geração de emprego e renda.
O sul da Zona Sul entraria, com isso, no mapa cultural e de cuidado ambiental da cidade, algo muito importante para os seus habitantes dada a sua localização geográfica distante do centro, de 1h a 3 horas, e por estar entre rios e represas, por ainda ter parte da mata atlântica e por ter a zona rural da cidade. Temos espaço, natureza e estrutura para receber e abraçar a Universidade Pública/ Polo Tecnológico e a cidade de São Paulo DEVE isso ao extremo sul da Zona sul, região esquecida e por vezes marginalizada, que abriga comunidade indígena, pequenos produtores, artistas populares e boa parte da força de trabalho que ajuda a sustentar a cidade.
GRAJAÚ
Localizado na zona sul da capital, ele faz divisa com cidade Dutra, Parelheiros e Pedreira, além das cidades de Diadema e São Bernardo do Campo, que integram o ABC Paulista. Fica a 26 km da praça da Sé e 14 km dos principais bairros da zona sul da cidade, como Santo Amaro e Jabaquara. O distrito tem dois bairros apontados entre os mais populosos do município (considerando a densidade demográfica): Cocaia (2º. lugar) e Grajaú, (3º.). O Cocaia é considerado o 5º. mais populoso do Brasil, com uma densidade demográfica de 9.494 hab/km². O Grajaú é o distrito mais populoso da cidade de São Paulo. Possui 390.096 mil habitantes, tem a segunda maior população preta e parda da cidade, 56.8%, população jovem: 47.8% de seus habitantes tem de 0 a 29 anos. A taxa de emprego formal é de 0,6, uma das piores (Sé 112).
PARELHEIROS
Com 153.598 habitantes tem a terceira maior população preta e parda da cidade, com 56.6%. Do total de seus habitantes, 50% tem de 0 a 29 anos, é a maior população jovem do município. Localizado no extremo da região de Parelheiros, o distrito de Marsilac tem 8.526 habitantes, sendo o menos populoso do município. 48.6% de sua população é de negros e pardos e do total 47% são de jovens (de 0 a 29 anos). Tem território indígena. A taxa de emprego formal para pessoas em idade economicamente ativa é de 0,5, uma das piores. A região tem a maior área verde e de preservação ambiental da cidade, possui o maior corredor de proteção e restauração da Mata Atlântica. Ambos distritos compõem a área rural de São Paulo, que concentra a maior parte da produção agrícola do município.
CIDADE DUTRA
População de 203.031, 42.1% são de jovens de 0 a 29 anos. O bairro apresenta o IDH mais alto do distrito, entretanto, a demanda por acesso à cultura e lazer são semelhantes aos subdistritos vizinhos, abaixo da média da cidade. Embora seja considerado um bairro bem localizado e com boa infraestrutura (transporte, moradia, educação, lazer e saúde), a região de Cidade Dutra sofre as consequências de ter um entorno (Grajaú e Parelheiros) tão deficitário de infraestrutura e em condições piores de pobreza.